O muro que dividirá as fronteiras entre EUA e México iniciou sua construção no ano passado, no mandato de Donald Trump. Alvo de diversas críticas e polêmica ao redor do globo, o projeto tem outro agravante menos discutido, que é seu impacto ambiental. “Muro de Fronteira: Um mal para a biodiversidade” (em português) expõe o problema.
O estado mais afetado é o Texas, por onde passa o Rio Grande, que marca a divisória das duas nações. Para cada km de muro construído, cerca de 12 à 20 hectares de ecossistema terão que ser destruídos; para algumas espécies essa situação é fatal, por se desenvolverem apenas na região do sul do Texas, como a flor selvagem Physaria thamnophila, ou que já se vêem ameaçadas, como o cactus Coryphantha ramillosa, que está exatamente no caminho planejado da barreira. Certas plantas terão sua reprodução prejudicada, já que seus polinizadores não conseguirão atravessar o muro, e, por consequência, acarretará diminuição da variabilidade genética.
Animais de todos os portes também sofrerão as consequências, sejam elas perda de habitat, separação de grupos e maiores riscos de serem pegos por enchentes do rio. Animais como o Urso Negro, que tem populações no Texas e no México, caso separadas, uma seria levada à extinção, por se tornar tão pequena que seja inviável sua continuidade. Jaguatiricas, porcos-do-mato, répteis, anfíbios e outros mamíferos também são citados como casos preocupantes.
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