A Mercy For Animals (MFA), uma das maiores ONGs do mundo que se opõe à exploração de animais, está em uma nova fase e gestão.
Após 20 anos, em outubro do ano passado, a ONG recebeu sua primeira mulher presidente, Leah Garcés. Já neste ano Lucas Alvarenga, vice-presidente da ONG no Brasil por três anos, se tornou vice-presidente internacional. Ambos ajudaram a traçar uma nova estratégia com objetivos mais claros e os lançaram em um documento (link).
Para alcançar sua missão e visão de construir um sistema alimentar compassivo, reduzindo o sofrimento e terminando a exploração de animais para alimentação, a ONG estabeleceu três áreas-chave de foco: engajamento corporativo, engajamento do governo e ajuda na profissionalização e capacitação do movimento pelos animais.
“trabalhar para passar e impor leis e políticas corporativas que reduzam o sofrimento de animais usados na pecuária, aquicultura e pesca. Vamos banir as práticas mais cruéis primeiro e jamais reduziremos nossos esforços na busca por progresso contínuo. […] Incentivar e garantir a aplicação de políticas corporativas que reduzam o sofrimento de animais explorados para consumo e permitam alcançar uma maior fatia de mercado para alimentos de origem vegetal e à base de células cultivadas […] Capacitar, escalar e ampliar o movimento de proteção dos animais para que seja inclusivo, diverso, empoderado e bem equipado para cumprir nossa missão.”
A nova identidade
Seguindo uma tendência que vem se consolidando no mundo, a ONG deixou sua identidade mais minimalista.
O logo anterior que mostrava a silhueta de três animais em caixas quadradas em azul deu lugar à um círculo azul entre dois parênteses em laranja, além de uma tipografia mais geométrica e com melhor legibilidade. Segundo texto oficial da ONG:
O novo símbolo da Mercy For Animals, um círculo azul contornado pelas cores branca e laranja, representa a Terra sendo protegida e guardada. O símbolo também sugere um olho, de forma abstrata, que pode ser humano ou não-humano.
Confira abaixo o vídeo de anúncio da mudança:
O trabalho foi realizado pela agência de design especializada em marcas Chermayeff & Geismar & Haviv.
ONG Polêmica
Conhecida por grandes investigações que revelam a crueldade em fazendas industriais, a ONG divide os veganos. Diversos veganos não consideram a ONG uma instituição vegana, pois ela assume um posicionamento de viés pragmático, isto é, de mudança gradual e de redução do sofrimento animal acreditando. A ONG acredita que este é o melhor caminho para abolir a exploração animal, e portanto, se nomeia uma ONG vegana seguindo a definição do veganismo que pode englobar uma estratégia mais liberal quanto uma estratégia mais intransigente.