13 motivos que mostram que Bolsonaro e seu governo estão sendo ruins para o meio ambiente e para os animais

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Apesar de ter muitos adoradores, o governo do atual presidente Jair Bolsonaro também tem muitos críticos. Suas ações vem sendo reprovados por boa parte da população e também por muitos especialistas. Uma das áreas em que o governo tem decepcionado é na proteção do meio ambiente. Resolvemos mostrar aqui – tudo devidamente referenciado – o porquê do governo estar sendo condenado neste sentido.

No que diz respeito ao meio ambiente Bolsonaro não era uma boa promessa – diversos grandes grupos que são autoridades no assunto já alertavam antes de sua eleição – e as ações de seu governo vem demonstrando isso.

Veja abaixo 13 motivos – entre opiniões e ações – que mostram que Bolsonaro e as medidas adotadas pelo seu governo devem ter consequências bastante ruins para os animais e para o meio ambiente, confira:

1. Bolsonaro não fez propostas pelo meio ambiente durante sua carreira política

Em toda sua trajetória política, de quase 30 anos, Bolsonaro não apresentou projetos que visavam a proteção e melhoria do meio ambiente, suas maior preocupação foi a de defesa de sua classe política, a dos militares. Apesar de dizer que não é um político tradicional, ele é bastante conservador por não defender pautas necessárias ao século XXI como a ambiental e a do bem estar animal.

2. Bolsonaro apoia a caça

Uma recente pesquisa realizada pelo Ibope, encomendada pela ONG WWF Brasil, apontou que 93% dos brasileiros é contra liberação da caça. Como defensor dos ruralistas e também da indústria das armas, Bolsonaro assinou um decreto que flexibiliza regras de armas para caçadores. Mesmo contra os dados Bolsonaro se mostra a favor e elogia a atividade.

3. Bolsonaro apoia rodeios e vaquejadas

Antes de ser eleito o político já apoiava rodeios e vaquejadas alegando fazerem parte da cultura popular, ignorando a crueldade contra os animais nestas manifestações.

4. Seu governo incentiva o transporte de animais vivos e o abate cruel

Apesar de ser considerada uma atividade que coloca os animais em condições de mau estar, a carga viva é uma atividade comum no Brasil. O governo de Bolsonaro têm tentado aumentar a exportação de animais vivos para países em que as normas não consideram uma situação de morte com atordoamento dos animais ao contrário do que diz a constituição brasileira, como é o caso de regiões que consomem carne Halal ou de culturas islâmicas. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já se posicionou favorável à ampliação das exportações de “carga viva” para países como Egito, Turquia, Jordânia, Iraque, Líbano e Irã.

5. Seu governo permite o lobbying de pecuaristas e ruralistas poderosos

Como conservador que é, Bolsonaro é conhecido por defender os interesses de alguns grupos específicos: indústria das armas, indústria pecuária e evangélicos poderosos. Estes grupos, que são fortes na política nacional integram o chamado “BBB” (bala, boi e bíblia), o apoiam e tem buscado atender seus interesses para continuarem com muito poder. O governo Bolsonaro têm ajudado eles ao invés de fortalecer grupos minoritários. Vale lembrar que Bolsonaro têm muitas conexões com o agronegócio, ao exemplo de Frederico D’avila diretor da sociedade rural brasileira que foi coordenador da campanha de Bolsonaro.

6. Seu governo aumentou a liberação de agrotóxicos perigosos

O governo Bolsonaro têm acelarado o ritmo da liberação de agrotóxicos. Além de beneficiar empresas estrangeiras, alguns deles são extremamente tóxicos à saúde humana e altamente perigosos ao meio ambiente, além de colocar em risco à saúde de animais como abelhas, antas e muitos outros.

7. Seu governo tem ajudado quem comete crimes ambientais

Ao contrário do que dizem os especialistas em meio ambiente – que a defesa do meio ambiente no Brasil ainda é frágil e pouco pune -, Bolsonaro sempre afirmou que há uma indústria da multa quando o assunto são os crimes ambientais. Por ideologia desenvolvimentista seu governo vai perdoar multas ambientais, o que deve favorecer o aumento de crimes ambientais no país. Claro, vale lembrar que o próprio presidente já foi, no passado, indiciado por cometer crime ambiental por pescar numa área de proteção ambiental integral.

8. Seu governo tentará relativizar crimes ambientais

Não obstante de perdoar criminosos, seu governo tentará flexibilizar a exploração do meio ambiente e fará a revisão de importantes normas ambientais. Em entrevista o presidente disse que pretende autorizar a caça submarina em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, por coincidência a área têm pesca ilegal feita por milicianos. Um de seus filhos recentemente disseminou informações errôneas para tentar defender o agronegócio, mas acabou virando chacota devido as fontes deturpadas.

9. Seu governo quer reduzir áreas de conservação ambiental e demarcações de terras

Áreas de conservação são fundamentais para preservar espécies, florestas e ecossistemas, e além disso a vida humana. O ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, quer rever todas as Unidades de Conservação federais do país. Como aponta o site o Eco, em tese, agricultura, pecuária, mineração, pesca e extrativismo não poderiam ocorrer dentro de unidades de proteção integral, e são essas as bases dos atuais conflitos fundiárias, que o governo pretende resolver, acabando com o sistema de proteção. Além disso, Bolsonaro defende a exploração de terras indígenas e quilombolas que também ajudam a preservar o meio ambiente.

10. Seu governo não se importa com o aquecimento global

O consenso científico de que a ação humana têm um papel fundamental no aumento do calor do Planeta e que isso deve gerar consequências drásticas para o mesmo, é totalmente ignorado por Bolsonaro. Antes de ser eleito o político afirmava que poderia tirar o Brasil do Acordo de Paris, mas resolveu mantê-lo por ora. Apesar disso, seu governo têm tomado ações que beiram o conspiracionismo, e em corte de gastos, a redução da verba de combate à mudança climática foi de 95%, ou seja, seriam usados na Política Nacional sobre Mudança do Clima R$ 11,8 milhões, e agora restam apenas R$ 500 mil, um valor risível pra algo que demanda uma grande mudança. Vale lembrar que Bolsonaro é um grande apoiador da pecuária, uma das maiores responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa no mundo, a principal colaboradora no Brasil.

11. Seu governo não se importa com a poluição por resíduos plásticos

Diferentemente de 187 outros países, o governo do Brasil não assinou um acordo global, proposto pela ONU, para tentar conter o problema dos plásticos na natureza. Vale salientar que o Brasil é um dos maiores produtores do mundo de lixo plástico.

12. Seu governo está sucateando o Ministério do meio Ambiente

Ainda que não tenha fundido o Ministério do Meio Ambiente com o Ministério da Agricultura como tinha planejado, o governo Bolsonaro está fazendo com que a pasta seja irrelevante e só sirva para dizer que existe suprindo a demanda popular. No corte de gastos de seu governo o Ministério acabou sendo muito prejudicado, tendo um corte de R$187 milhões o que prejudicará programas importantes como o de combate à mudanças climáticas, a incêndios florestais e de fiscalização sobre danos ao meio ambiente, algo que interessa grandes ruralistas.

13. As autoridades ambientais se opõe as ações de seu governo

Apesar de ter dito que faria um governo “sem viés ideológico”, dando a entender que tentaria ouvir uma maior diversidade política, é exatamente o contrário que Bolsonaro e seu governo fazem. Ele ataca todos aqueles que discordam de si e faz uma política de favores, ao invés de escutar os especialistas. Isto pode ser visto sobre as ações tomadas em nome do meio ambiente, onde oito ministros do meio ambiente – dos governos Itamar, FHC, Lula, Dilma e Temer – se reuniram e divulgaram uma carta conjunta que fala em risco real de desmatamento descontrolado no país, apontando suas más medidas e revelando o desmonte da política ambiental que foi sendo construída nos últimos 40 anos. Mais de 70 professores brasileiros de Direito Ambiental também lançaram uma carta de oposição ao governo. Além disso, Philip Alston, relator especial da ONU para pobreza extrema e direitos humanos criticou, em relatório, a política ambiental do novo governo brasileiro.

Outras ponderações

Apesar de, como já visto, ser condenado por ambientalistas, o governo pode ter algumas medidas importantes, como o Plano de Ação Nacional de Combate ao Lixo no Mar, Implantação do Centro de Testes de Tecnologias de Dessalinização, Plano Nacional de Segurança Hídrica. Antes de ser eleito, Bolsonaro disse que iria lançar uma secretaria nacional de defesa de animais (se referindo aos pets), mas não voltou a tocar no assunto.

Conclusão

Como podemos ver Bolsonaro e seu governo têm fracas políticas ambientais pois prezam por um desenvolvimentismo exacerbado ao invés da preservação, de um desenvolvimento sustentável e um meio ambiente equilibrado. As ações irresponsáveis em nome de suas ideologias devem custar caro às próximas gerações e ao nosso país, que é mundialmente conhecido pela sua diversidade ambiental e pela floresta amazônica, que vem sendo desmatada em um ritmo acelerado.

Apesar dos governos anteriores também não terem sido grandes amigos dos animais eles ao menos vinham estruturando um Ministério do Meio Ambiente, que agora está sendo desmontado pelo governo Bolsonaro, em nome da defesa dos interesses do agronegócio. Certamente, o sucateamento da entidade trará grandes perdas ao nosso rico patrimônio natural e, claro, afetará a vida animal. Além disso, o investimento na agropecuária trará aos animais ainda mais confinamento e, claro, mais sofrimento.


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